A guerra do sem-fim

A guerra do sem-fim

Amigos perguntam quando acabará a guerra no Oriente Médio. Bem, vocês conhecem a história de Sansão e Dalila, por volta de mil anos antes de Cristo? Sansão era judeu, Dalila era filistéia, exatamente na faixa de Gaza. Gaza, ouviram? Gaza que já existia, exatamente com este nome.

Dalila descobri que o segredo da força de Sansão estava em seus longos cabelos…. e cortou-os. De cabelos curtos e amarrado às colunas do templo do deus Dagon, o deus da fertilidade, Sansão estava impotente, na completa acepção da palavra.

Entretanto, o que fez ele? Orou. Diz a história que suas preces foram atendidas, sua força voltou e…

O que se passou? O que se passou foi que Sansão entrou para a história como o primeiro homem-bomba do planeta. Sim, não havia bomba, naqueles remotos tempos, mas a ideia era a mesma: Sansão foi um kamikaze, um guerreiro-suicida, que decide morrer mas não sem antes levar consigo seus inimigos.

Com sua força restaurada, Sansão sacudiu as colunas do templo, que desabou em sua cabeça e na de seus inimigos.

Então, amigos, cabe a pergunta: Dalila, como filistéia, era também uma palestina? Ou os palestinos vieram depois, com as invasões árabes dos anos 500 ou 600 da era cristã?

Bem, em qualquer das hipóteses, estamos falando aí de pelo menos 1.400 anos de ocupação daquele pedaço. Se os palestinos descendem dos filisteus, então são alguns milhares de anos, exatamente como os judeus têm também alguns milhares de anos de ligacão com o lugar.

Dois povos com tradições milenares por um mesmo pedaço de terra que, acreditam, lhes foi prometido por Jeová, por Alá ou por Dagon.

Lembro-me do antigo ditado “em casa em que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”. O que falta aí é terra, o solo de onde vem o pão.

Dois povos com tradições milenares pelo mesmo pedaço de chão e, pior, separados, não unidos por religião.

Esta é a guerra do sem-fim. Nós passaremos, mas a guerra continuará.

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