O renascimento da Corrida da Ponte
Abaixo o depoimento de um participante, Rafael Proença, sobre o renascimento da Corrida da Ponte, entre Niterói e Rio de Janeiro, atravessando a Baía de Guanabara, prova criada em 1981 pela Corja (Corredores do Rio de Janeiro):
“Foi um grande domingo para os corredores de rua do Rio de Janeiro e do Brasil. O retorno da Corrida da Ponte foi um marco para todos nós, com uma esmagadora maioria fazendo a prova pela primeira vez. Eu, com alguns anos de estrada, fiz pela terceira vez e alcancei um recorde pessoal pós-pandemia nos 21 quilômetros e, de quebra, meu melhor tempo na Ponte, que durava desde a última edição, em 2013. Segundo a cronometragem oficial, completei o trajeto em 01:42:06, mesmo enfrentando uma gripe teimosa há praticamente duas semanas.
O Rio tem vivido dias incomuns de inverno, com temperaturas baixas para nossos padrões. Só que ontem voltamos à velha realidade e tivemos um domingo de bastante sol, ainda que com temperatura amena. Esse cenário levou os corredores a enfrentarem o sol durante todo o trajeto da prova.
Antes da largada, pude ouvir a locutora do evento lembrar que a primeira edição da Corrida da Ponte aconteceu em 1981. Um autêntico legado da Corja. Em termos de números, a organização informou que pouco mais de 5 mil corredores se inscreveram para o agora chamado Desafio. Aliás, falando das organizadoros, vale o registro de que a prova apresentou uma bela estrutura. A destacar de negativo apenas um pequeno equívoco com o sistema de guarda volumes, que acabou sendo confuso.
Espero que com o sucesso de ontem a Corrida da Ponte se mantenha no calendário das corridas por aqui. A Corrida da Ponte é uma meia maratona desafiadora, mas inigualável por suas características. Também faço votos de que as organizadores repensem o valor das inscrições para 2026. Este ano elas ficaram em R$ 550,00, o que afugentou muita gente e gerou uma reclamação geral. Inicialmente, havia um limite técnico de 8 mil participantes que não chegou a ser alcançado.”