Mexam-se, como a Rosa Mota
Amigos, hoje lembrei-me de Rosa Mota, a portuguesa que é uma das maiores corredoras de maratonas e outras distâncias em todas as épocas.
Rosa Mota está outra vez no noticiário porque acaba de quebar o recorde mundial dos 10K na faixa etária de 65 a 69 anos na São Silvestre de Lisboa, com o tempo de 35:37.
Vi Rosa Mota pela primeira vez em ação na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, quando ela foi medalha de bronze na Maratona. Depois viria a ganhar ouro na Maratona de Seul, em 1988, e em muitas outras provas pelo mundo afora.
No Brasil, ganhou a São Silvestre, em São Paulo, seis vezes. É a maior campeã feminina da prova.
Mas lembrei-me de Rosa Mota também porque nos Estados Unidos trava-se hoje um debate interessante sobre obesidade. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 40% de adultos americanos são obesos. A definição de obesidade é um índice de massa corporal de 30 ou acima de 30.
Nem preciso de definições cientificas para chegar à mesma conclusão. Basta-me olhar ao redor, nas ruas ou em restaurantes por aqui. Há pessoas que mal conseguem andar ou levantar-se da mesa.
O debate a que me referi se trava entre Elon Musk, o homem mais rico do mundo, e Robert F. Kennedy Junior, indicado para ser o Secretário de Saúde do próximo governo de Donald Trump.
Robert F. Kennedy Jr. é meio doido, como prova seu mal disfarçado desejo de acabar com a vacinação contra a poliomielite, sob a falsa alegação de que ela provaca autismo. Já escrevi sobre este assunto no blog.
Quanto a Elon Musk, de doido ele não tem nada. Tem muitos interesses comerciais e agora saiu em defesa das drogas contra a obesidade que estão invadindo o mercado americano. Em um país de obesos, nada mais rentável do que vender drogas para perder peso.
Robert F. Kennedy Jr. diz o contrário. O problema é de “estilo de vida”. As pessoas precisam comer menos e se exercitar mais.
E foi exatamente isto o conselho Rosa Mota ao ser entrevistada em Lisboa depois de bater o recorde mundial dos 10K, em sua faixa etária, aos jovens e também aos velhos: “Mexam-se”.