Joe Biden estava nu
Amanhã, 20 de janeiro, Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos pela segunda vez. Não consecutivamente, mas com um intervalo de quatro anos e este intervalo encobre uma história de horror que foi fielmente retratada pelo New York Times ontem, sábado, 18 de janeiro de 2025.
É a história de como Joe Biden e seu círculo íntimo - sua mulher, seu filho, seus ministros, sua administração - conspiraram para esconder da nação e do mundo sua decrepitude física e mental.
Não se trata de idade. Algumas pessoas envelhecem bem. Joe Biden envelheceu mal, muito mal.
Lembro como se fosse ontem o dia em que ele foi à Normandia, na França, para comemorar os 80 anos do Dia-D.
Eu assisti pela televisão: Joe Biden com um olhar perdido no horizonte, sem saber onde se encontrava, enquanto os demais convidados se afastavam ao fim da cerimônia. Tiveram que mandar alguém para chamá-lo de volta ao grupo.
Um político francês observou que Joe Biden estava “dans le vapes” - em um nevoeiro mental.
Foi como uma repetição do garoto na história de Hans Christian Andersen gritando: “o rei está nu”. Mas o círculo íntimo de Joe Biden insistia em ocultar sua nudez da nação e do mundo.
Recordo-me de quando Joe Biden tropeçou em um saco de areia e caiu, na Academia da Força Aérea, em junho de 2023. Não foi a queda em si, são acidentes que acontecem. Foi o fato de que ele não conseguia se levantar. Biden literalmemte precisou ser posto em pé outra vez pelos seguranças.
Dois meses antes desse incidente, Joe Biden tinha anunciado que iria candidatar-se novamente, traindo sua declaração em 2020 de que desejava apenas um mandato, que seria um “presidente de transição”, que sua missão estaria cumprida depois de fazer à nação e ao mundo o grande favor de tirar Donald Trump da Casa Branca.
Agora Trump está de volta.
As histórias na reportagem do New York Times são horrendas: como o “staff” de Joe Biden o cercava quando ele caminhava para o helicóptero presidencial que o esperava nos jardins da Casa Branca, para impedir que as câmeras de televisão mostrassem seus passos trôpegos; como eles o faziam utilizar um “teleprompter” mesmo quando precisava dizer apenas duas ou três frases a jornalistas ou doadores para sua campanha; como tinham arranjado uma escada com menos degraus para as ocasiões em que ele precisava embarcar no Air Force One; como Biden caíra da bicicleta ao parar para falar com um grupo de admiradores.
Como Biden confundia as datas e as pessoas. Como ele tinha chamado o Presidente do Egito de “Presidente do México”.
E, sempre, como sua mulher, Jill, seu filho, Hunter - a quem ele dera um “perdão presidencial” moralmente injustificável - e seus auxiliares tinham feito grandes esforços para esconder da nação o fato de que Biden não tinha condições de exercer um segundo mandato.
Então veio sua desastrosa atuação no debate com Donald Trump, no dia 27 de junho de 2024. Mesmo depois dela, Joe Biden ainda agarrou-se durante três semanas à ilusão de que poderia se candidatar outra vez.
Quatro anos foram jogados fora, deixando os democratas sem o tempo necessário para montar uma campanha eficiente, com outro candidato, para a sucessão presidencial.
Agora Donald Trump vai tomar posse, de novo. Este é o legado de Joe Biden: ele ressuscitou Donald Trump.