Brasil em breve começa a encolher
No início deste milênio, eu era colaborador de um “site” criado pelo radialista Eliakim Araújo e um belo dia escrevi que a população mundial começaria a entrar em declínio.
Foi o quanto bastou para que o “site”, que se chamava Direto da Redação, recebesse indignadas mensagens de leitores desavisados, ainda crentes no risco oposto, o da “explosão populacional” que aparecera muito no noticiário nos anos 70 e 80 do século anterior.
É verdade que ao longo dos últimos 100 anos a população mundial quadruplicou, passando de dois bilhões para oito bilhões. Mas já desde o início do século XXI os sinais de que tal crescimento cessaria e daria lugar a um declínio eram claros para os estudiosos.
Para que a população de um país se mantenha estável é necessário que haja a média de 2,1 bebês para cada mulher, com o 0,1 aí correndo por conta da mortalidade de crianças e adolescentes. Nem todos chegam à idade de procriar.
Já no início do século XXI havia diversos países, sobretudo na Europa e Extremo Oriente, com taxas de natalidade inferior a este “mínimo de reposição”.
No caso do Brasil, o número médio de mulher por filhos caiu de 2,3 no ano 2000 para 1,57 em 2023.
O resultado é que, já a partir de 2041, a populacão brasileira, que no momento é de 212 milhões e 812 mil, começará a cair.
No resto do planeta, o crescimento populacional se dá quase que exclusivamente por conta dos países africanos, que são os menos urbanizados e onde as crianças são ainda importantes para ajudar na força de trabalhos agrícolas.
Mas até neles a tendência é a da diminuição do índice de natalidade. No Brasil, já passamos da tendência para a realidade..